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Conversa com
Célia Fonseca
e
Ana Cláudio

    Foi com agrado que assisti a duas professoras falarem das suas experiências, envolvendo marionetas e formas animadas em contextos de educação formal, nas suas turmas e projetos com elas realizados. Interessa-me conhecer a realidade prática, fruto da experimentação e adaptação, bem como da implementação das marionetas em contexto de sala de aula, para ter uma noção de como as formas animadas podem manifestar-se como algo além de uma ferramenta educativa. Mais do que um objeto que permite uma abordagem artística, tenho curiosidade de como é trabalhada a “vida” da marioneta (ou marionetas) numa sala de aula.

    Foi com redobrada satisfação que ouvi a Célia referir que, na sua abordagem metodológica, se dá ênfase à experimentação e descoberta, principalmente porque ela trabalha como educadora para alunos do pré-escolar. Apesar de não haver documentos normativos emanados do Ministério da Educação, no que diz respeito à educação pré-escolar, é interessante saber que dentro do espetro das Orientações Curriculares há professoras que conseguem (e querem) usar as marionetas e formas animadas como elemento de aprendizagem.

 

    Ana Cláudio foi também assertiva quando referiu que as marionetas e uma história podem ser elementos agregadores e condutores do currículo. Manifestou também que existe, e que se pode dar, uma grande relevância dos projetos artísticos no desenvolvimento, e que estes conseguem conjugar vários domínios de aprendizagem, facilitando a abordagem de conteúdos programáticos. Sublinhando a trabalho colaborativo que a construção de marionetas, cenários e encenações pode assumir, é fácil encarar a existência de marionetas em sala de aula não como uma brincadeira, mas uma ferramenta para estimular aprendizagens.

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